Vivendo da Luz
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Theresa Neumann

of Konnersreuth, Bavaria
a estigmatizada católica

Theresa Neumann, foto tirada em 1935. Teresa nasceu numa Sexta-Feira da paixão em 1898 no norte da Bavaria. Aos 20 anos ela sofreu um acidente que a deixou cega e paralítica. Ela foi milagrosamente curada em 1923 e desde então Teresa nunca mais se alimentou ou tomou liquidos, exceto um pouco de água por dia.

Stigmata, mais conhecido por Jesus Cristo, começou a aparecer para ela e desde o inicio de suas visões, todas as Sextas-Feiras Teresa vivenciou a paixão de Cristo. Suas mão e pés sangravam sem cessar. Yogananda mais tarde afirmou que Teresa foi Maria Madalena em uma de suas vidas passadas. Ela veio para a Terra para provar que é possível viver da fonte da Luz de Deus (como Giri Bala).

Durante 36 anos que Theresa vê Stigmata, Milhares de pessoas foram até ela em busca de milagres. Theresa partiu em 1962. No livro de Paola Giovetti's “Theresa Neumann” a vida de Tereza é detalhadamente revelada para todos.

(Fonte Dr. Joshua David Stone's no trabalho “Forty of the Worlds Great Saints and Spiritual Masters”).

Se você buscar informações sobre Theresa Neumann na internet, voce poderá encontrar com os nomes escritos de diferentes formas:

Theresa Neumann
Teresa Neumann
Therese Neumann

O melhor livro escrito sobre Theresa se chama Visions of Therese Neumann


Paramhansa Yogananda: Autobiography of a YogiAutobiografia de um Yogi

by Paramhansa Yogananda

(Edição Original de 1946 Primeira Edição)

Capítulo: 39

Therese Neumann, a estigmatizada católica

Click para obter o livro:

Volte à índia. Tenho esperado por você pacientemente du-rante quinze anos. Em breve, nadarei para fora deste corpo, rumo ao Domicílio Esplendoroso. Yogananda, venha!

A voz de Sri Yuktéswar ressoou surpreendemente em meu ouvido astral enquanto eu meditava, sentado em minha Sede em Monte Washington. Atravessando 16.000 quilômetros num piscar de olho, sua mensagem penetrou em meu ser como a luz de um relâmpago.

Quinze anos! “Sim”, refleti, “estamos em 1935; passei quinze anos na América, propagando os ensinamentos de meu guru. Agora ele me chama

Algumas horas depois, descrevi minha experiência a um querido amigo, o sr. James J. Lynn, Seu desenvolvimento espiritual, pela prática diária de Kriya Yoga, tem sido tão notável que eu o chamo, com freqüência, de “Santo Lynn”. Nele e em vários outros discípulos ociden-tais, vejo com felicidade cumprir-se a profecia de Bábají de que também o Ocidente produziria santos de autêntica percepção de Deus, através da antiga senda de ioga.

O sr. Lynn insistiu generosamente em doar o necessário para minha viagem. Assim resolvido o problema financeiro, fiz os planos de embar-que para a índia, via Europa. Em março de 1935, registrei “Self-Realiwtion Fellowship”(SRF) segundo as leis do Estado da Califórnia, co-mo organização não-sectária e não-lucrativa, destinada a existir perpetua-mente. Doei à SRF tudo o que me pertence na América, inclusive os di-reitos autorais de todos os livros escritos por mim. SRF sustenta-se com a venda de minhas obras e com doações de seus membros e do pú-blico, à semelhança da maioria das instituições educacionais e religiosas.

- Eu voltarei - disse a meus estudantes. - jamais esquecerei a América.

Durante o banquete de despedida que amigos queridos me ofere-ceram em Los Angeles, fitei-lhes demoradamente os semblantes e pen-sei, agradecido: “Senhor, a quem se lembra de Ti como o único Doador, nunca faltará a doçura da amizade entre os mortais”.

Parti de Nova York em 9 de junho de 1935, no vapor “Europa”. Dois estudantes me acompanhavam: meu secretária, o sr. C. Ríchard Wright, e uma dama de meia-idade, a srta, Ettie Bletch, de Cincirmati.

Desfrutamos dias de paz oceânica, em bem-vindo contraste com as sema-nas anteriores de pressa e trabalhos. Nosso período de descanso foi cur-to; a velocidade dos navios modernos tem seus aspectos lamentáveis!

Como qualquer outro grupo de turistas curiosos, caminhamos pela antiga e enorme cidade de Londres. No dia seguinte à minha chegada, convidaram-me a falar a uma grande assistência em Caxton Hall, sendo apresentado aos ouvintes londrinos por sir Francis Younghusband.

Nosso grupo passou um dia agradável como hóspede de sir Harry Lauder em sua propriedade rural da Escócia. Alguns dias mais tarde, nossa pequena comitiva cruzou o Canal da Mancha para o continente, pois eu desejava fazer uma peregrinação à Baviera. Senti que esta seria a única oportunidade de visitar a grande mística católica Teresa Neu-mann, de Konnersreuth.

Eu lera, há anos atrás, um admirável relato sobre Teresa, O artigo trazia os seguintes informes:

  1. Teresa, nascida na Sexta-feira da Paixão, em 1898, feriu-se num acidente aos vinte anos; ficou cega e paralítica.
  2. Recuperou a vista milagrosamente em 1923 por meio de preces a Sta. Teresinha do Menino Jesus, “A Florzinha”. Mais tarde, as pernas de Teresa Neumann foram curadas instantaneamente.
  3. A partir de 1923, Teresa absteve-se completamente de alimen-tos e bebidas, exceto a ingestão diária de uma pequena hóstia consa-grada.
  4. Estigmas, chagas sagradas de Cristo, apareceram na cabeça, pei-to, mãos e pés de Teresa, em 1926. Todas as sextas-feiras1, ela revive a Paixão de Cristo, padecendo em seu próprio corpo as históricas ago-nias de Jesus.
  5. Conhecendo apenas o simples idioma germânico de sua aldeia, durante os transes de sexta-feira, Teresa pronuncia frases que os eru-ditos identificaram como aramaico antigo. Em certas etapas de sua visão, ela fala hebraico ou grego.
  6. Com permissão eclesiástica, Teresa submeteu-se diversas vezes à rigorosa observação científica. O dr. Fritz Gerlich, redator de um jor-nal protestante alemão, foi a Konnersreuth para “desmascarar a fraude católica”, mas terminou por escrever reverentemente a biografia de Teresa.

Como sempre, fosse no Oriente ou no Ocidente, eu estava ansioso por encontrar uma santa. Regozijei-me quando nosso pequeno grupo entrou, em 16 de julho, na curiosa aldeia de Konnersreuth. Os campo-neses bávaros demonstraram vivo interesse por nosso automóvel Ford (trazido da América) e seus ocupantes tão diversos: um jovem norte-americano, uma senhora idosa e um oriental de pele azeitonada, com longos cabelos escondidos sob a gola do paletó.

A casinha de Teresa, limpa e arrumada, com gerânios florescendo junto a um poço primitivo, estava - aí! - silenciosamente fechada. Os vizinhos e até o carteiro da povoação, que por ali passava, não nos puderam dar qualquer informação. A chuva começou a cair; meus compa-nheiros sugeriram que partíssemos.

- Não - disse eu, obstinado. - Permanecerei aqui até achar algum indício que me leve a Teresa.

Duas horas mais tarde, estávamos ainda sentados em nosso carro, sob pesada chuva. Suspirei, queixoso: - Senhor, por que Tu me con-duziste até aqui, se ela desapareceu?

Um homem que falava inglês parou ao nosso lado e ofereceu-nos ajuda, cortesmente.

- Não sei com certeza onde Teresa está - disse ele - mas ela costuma visitar a casa do professor Franz Wutz que ensina línguas es-trangeiras na Universidade de Eicbstatt, a cerca de cento e trinta quilô-metros daqui.

Na manhã seguinte, nosso grupo prosseguiu de automóvel até a quieta cidade de Eichstatt. O dr. Wutz recebeu-nos ordíalmente em seu lar: - Sim, Teresa encontra-se aqui. - Ele mandou avisá-la de que vi-sitantes a procuravam. Um mensageiro voltou com a resposta:

- Embora o bispo me haja pedido que não veja ninguém sem sua permissão, receberei o homem de Deus que vem da Índia.

Profundamente comovido por estas palavras, segui o dr. Wutz, es-cada acima, a uma saleta. Teresa entrou imediatamente, irradiando uma aura de paz e jovialidade. Usava vestido preto e véu imaculadamente branco sobre a cabeça, Apesar de ter trinta e sete anos naquela época, parecia muito mais jovem, possuindo realmente um encanto e frescor infantis. Saudável, bem proporcionada, com faces rosadas e sempre ale-gre, eis a santa que não come!

Teresa cumprimentou-me com um aperto de mãos muito gentil. Sorrimos em silenciosa comunhão, reconhecendo-nos, um ao outro, como amantes de Deus.

O dr. Wutz ofereceu-se bondosamente para servir de intérprete. Quando nos sentamos, notei que Teresa me fitava com ingênua curiosi-dade; evidentemente os hindus têm sido raros na Baviera.

Que simples a sua resposta, que einsteiniana!

- Compreendo; sabe que a energia flui para o interior de seu corpo, proveniente do éter, do sol e do ar.

Um rápido sorriso iluminou-lhe a face. - Sinto-me muito feliz por compreender de que modo eu vivo.

- Sua sagrada vida é uma demonstração diária da verdade pro-clamada por Cristo: “não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”3.

De novo, ela evidenciou alegria ao ouvir minha explicação. -- Assim é, de fato. Uma das razões por que estou na Terra atual-mente é para provar que o homem pode viver da luz invisível de Deus, e não apenas de alimento.

- Pode ensinar outros a viverem sem alimento?

Ela pareceu um pouquinho chocada. - Não posso fazer isso; Deus não o quer.

Quando meu olhar recaiu em suas mãos fortes e graciosas, Teresa mostrou-me uma chaga quadrada, recém-cicatrizada, nas costas de cada mão. Em cada palma, ela assinalou uma chaga menor, recém-cicatrizada, em forma de lua crescente. Cada chaga transpassava completamente a mão. Isto me trouxe recordação clara de grandes pregos de ferro, qua-drados, com extremidade em forma de meia-lua, ainda usados no Oriente, mas que não me lembro de ter visto no Ocidente.

A santa contou-me algo de seus transes semanais: - Como obser-vadora indefesa, assisto integralmente à Paixão de Cristo.

Cada semana, de quinta-feira à noite até sexta-feira a uma hora da tarde, suas chagas abrem e sangram; ela perde quatro quilos e meio de seu peso habitual de cerca de cinqüenta e cinco. Sofrendo intensamente em seu piedoso amor, Teresa espera, entretanto, com alegria, estas visões semanais de seu Senhor.

Compreendi imediatamente que Deus planejou a estranha exis-tência de Teresa para reassegurar a todos os cristãos a autenticidade histórica da vida e da crucificação de Jesus, conforme relatam os Evan-gelhos, e para demonstrar dramaticamente o laço sempre vivo entre o Mestre da Galiléia e seus devotos.

O professor Wutz contou algumas de suas experiências com a santa.

- Um grupo de amigos, incluindo Teresa, costuma excursionar durante vários dias para conhecer regiões diferentes da Alemanha -disse-me ele. - Verifica-se notável contraste: Teresa de nada se ali-menta; todos os outros fazem três refeições por dia. Ela parece uma tosa recém-aberta, imune à fadiga. Sempre que algum de nós sente fome e procura as hospedarias do caminho, Teresa ri-se jovialmente.

O professor acrescentou alguns detalhes fisiológicos interessantes:

Como Teresa não ingere alimento, seu estômago contraiu-se. Ela não tem excreções, mas suas glândulas sudoríparas funcionam; sua pele é sempre suave e firme.

No momento de partir, manifestei a Teresa meu desejo de assistir a um de seus transes.

- Sim, venha, por favor, a Konnersreuth, na próxima sexta-feira disse ela graciosamente. - O bispo lhe dará permissão. Estou muito contente por me haver procurado em Eichstatt.

Teresa apertou-me as mãos, gentilmente, várias vezes, e acompa-nhou nosso grupo até o portão. O sr. Wright ligou o rádio do auto-móvel; a santa examinou-o com risinhos entusiásticos. juntou-se um número tão grande de crianças e jovens interessados que Teresa se retirou para o interior da casa. Reapareceu numa das janelas, donde nos observava, atenta, infantilmente, acenando com a mão.

Que a santa dorme apenas uma ou duas horas por noite soubemos por uma conversa, no dia seguinte, com dois irmãos de Teresa, muito bondosos e amigos. A despeito das diversas chagas em seu corpo, ela é ativa e eficiente. Ama os pássaros, cuida de um aquário de peixes, e trabalha freqüentemente em seu jardim. Sua correspondência é gran-de; os devotos católicos lhe pedem orações e bênçãos para cura. Muitos a procuraram, sendo por ela curados de enfermidades graves.

Seu irmão Ferdinando, com aproximadamente vinte e três anos de idade, explicou que Teresa tem o poder, através da prece, de transferir males alheios para seu próprio corpo, onde, então, os resgata. A absti-nência da santa em relação ao alimento data da época em que ela rezava para que a moléstia da garganta de um jovem de sua paróquia, então se preparando para ingressar no sacerdócio, fosse transferida para a sua.

Na tarde de quinta-feira, nosso grupo dirigiu-se à casa do bispo, o qual fitou meus flutuantes cabelos com alguma surpresa. Ele redigiu prontamente a permissão necessária. Não havia pagamento a fazer; o regulamento criado pela Igreja destina-se apenas a proteger Teresa da avalanche de turistas fortuitos que, em anos anteriores, se precipitavam aos milhares em Konnersreuth, às sextas-feiras.

Chegamos à aldeia, na sexta-feira, aproximadamente às nove e meia da manhã. Notei que a casinha de Teresa possui uma clarabóia extensa para permitir, à santa, abundante luz. Agradou-nos ver a residência com as portas não mais fechadas, porém totalmente abertas, em hospitaleira acolhida. Entramos em uma fila de cerca de vinte visitantes, já de posse, cada um, da necessária permissão. Muitos tinham vindo de grandes distâncias para assistir ao transe místico.

Teresa fora aprovada no primeiro teste a que eu a submetera, em casa do professor; demonstrara seu conhecimento intuitivo de que eu a desejava ver por motivos espirituais e não para satisfazer uma curio-sidade passageira.

Meu segundo teste ia prender-se ao fato de eu ter me colocado, pouco antes de subir as escadas para o seu aposento, em estado de-transe iogue a fim de manter com ela uma relação de telepatia e de televisão. Penetrei no quarto repleto de visitantes; ela se encontrava deitada no leito, vestindo um traje branco. Com o sr. Wright logo atrás de mim, detive-me assim que transpus o limiar, intimidado ante um espetáculo dos mais estranhos e espantosos.

O sangue fluía das pálpebras inferiores de Teresa, num fio delgado e incessante, da espessura de uns dois centímetros e meio. Seu olhar dirigido para cima, focalizava o olho espiritual no centro da testa. O pano que lhe envolvia a cabeça estava ensopado de sangue, oriundo dos estigmas, as chagas da Coroa de Espinhos. O traje branco apre-sentava uma rubra mancha sobre o coração, proveniente da ferida do lado, no lugar onde o corpo de Cristo, séculos antes, sofrera a última injúria, ao ser atingido pela lança do soldado.

As mãos da santa estendiam-se em gesto maternal, suplicante; sua face tinha uma expressão simultaneamente torturada e divina. Teresa parecia mais delgada e apresentava mudanças sutis, tanto internas como externas. Murmurando palavras de uma língua estrangeira, falava com lábios ligeiramente trêmulos a pessoas que eram visíveis ao seu olhar superconsciente.

Como eu me pusera em estado de sintonizar com ela, comecei a ver as cenas de sua visão. Ela observava Jesus, enquanto ele carregava o madeiro da Cruz entre os escárnios da multidão4. Subitamente, ela ergueu a cabeça, consternada: o Senhor tombara sob o peso cruel. A visão sumiu. Exausta em sua fervorosa piedade, Teresa caiu pesa-damente sobre o travesseiro.

Neste momento, ouvi um baque forte atrás de mim. Voltando a cabeça durante um segundo, vi dois homens carregarem para fora um corpo inanimado. Mas, por estar saindo do profundo estado supercons-ciente, não reconheci imediatamente a pessoa que havia caído. Fixei outra vez o olhar no rosto de Teresa, mortalmente pálido sob os filetes de sangue, mas agora tranqüilo, irradiando pureza e santidade. Pouco depois olhei para trás de mim e vi o sr. Wright de pé, com a mão sobre a face manchada de sangue.

- Dick - perguntei, ansioso - quem caiu? Você? - Sim, desmaiei com o pavoroso espetáculo.

- Bem - disse-lhe eu, para consolá-lo - você tem a coragem de voltar e presenciar outra vez o espetáculo.

Lembrando-nos da paciente fila de peregrinos, o sr. Wright e eu silenciosamente nos curvamos em adeus a Teresa e nos afastamos de sua sagrada presença5.

No dia seguinte, nosso pequeno grupo prosseguiu de automóvel em direção ao sul, agradecido por não precisar depender de trens, po-dendo, ao contrário, parar nosso Ford onde quiséssemos, ao longo da paisagem rural. Desfrutamos cada minuto de nossa viagem através da Alemanha, Holanda, França e Alpes suíços. Na Itália, fizemos uma excursão especial a Assis, em homenagem ao apóstolo da humanidade, São Francisco. A viagem pela Europa terminou na Grécia, onde visitamos os templos gregos e vimos a prisão onde o tranqüilo Sócrates6 bebeu a cicuta mortal. Desperta plena admiração a arte com que os antigos gregos, em todo o país, esculpiram em alabastro as obras de sua imaginação.

Tomamos o navio para cruzar o Mediterrâneo ensolarado e desem-barcarmos na Palestina. Percorrendo durante dias a Terra Santa, mais do que nunca me convenci do valor da peregrinação. Para o coração sensível, o espírito de Cristo impregna tudo na Palestina. Caminhei reverentemente ao seu lado em Belém e Getsêmani, no Calvário e no santo Monte das Oliveiras, ao longo do rio Jordão e do Mar da Galiléia.

Nosso pequeno grupo visitou o Presépio do Nascimento, a carpin-taria de José, o sepulcro de Lázaro, a casa de Marta e Maria, o recinto da Última Ceia. Revivíamos a Antigüidade; cena após cena, assisti ao drama que Cristo representou então para os séculos vindouros.

O Egito veio a seguir, com seu Cairo dos tempos modernos e suas pirâmides de tempos idos. Depois, um navio descendo o longo Mar Vermelho, e cruzando o Mar de Omã; e afinal, a índia!

1 Desde 1939, início da última guerra, Teresa não sofria a Paixão em cada sexta-feira, mas somente em alguns dias do ano. Biografia desta mística: por Friedrich Ritter von Lama: “Teresa Neumann - uma estigmatizada de nossos dias” e “Outras crônicas de Teresa Neumann”; por A. P. Schimberg (1947), “A História de Teresa Neumann”; todos publicados por Bruce Pub. Co., Milwaukee, Wisconsin. E também “Tereza Neumann”, por Johannes Steiner, publicado por Alba House, Staten Island, N. Y., 10314.
2 Feita de farinha de trigo, para a consagração eucarística.
3 Mateus, 4À A bateria do corpo humano não se alimenta apenas de subs-tâncias grosseiras (pão), mas de energia cósmica vibratória (Verbo, Aum). O poder invisível flui para o interior do corpo humano através da porta do bulbo raquiano. Este sexto centro localiza-se na parte posterior do pes-coço, acima dos cinco chákras, em sânscrito, significa “rodas” ou centros de força vital irradiante). O bulbo raquiano, entrada principal por onde penetra Aum ou energia de vida universal que abastece o corpo, relaciona-se diretamente, por polari-dade, com o centro da Consciência Crística (Kutástha) no olho único, entre as sobrancelhas, sede do poder de vontade do homem. A energia cósmica se armazena, então, no cérebro, no sétimo centro, reservatório de infinitas possibilidades (mencionado nos Vedas como “lótus de mil pétalas de luz”). A Bíblia refere-se a Aum sob a designação de Espírito Santo ou força vital invisível que sustenta divinamente a criação. “Quê? Não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que vós não vos pertenceis?” I Coríntios, 6:19.
4 Durante as horas anteriores à minha chegada, Teresa já tivera muitas visões dos últimos dias da vida de Cristo. Seu transe geralmente começa com cenas dos acontecimentos posteriores à última Ceia. Suas visões sagradas terminam com a morte de Jesus na cruz; ou, às vezes, com seu sepultamento.
5 Um despacho da agência “International News Servíce”, vindo da Alemanha, em 26 de março de 1948, informava: “Urna camponesa jazia em seu catre nesta Sexta-feira Santa; tinha a cabeça, as mãos e os ombros assinalados de sangue nos mesmos lugares em que o corpo de Cristo sangrara com os pregos da Cruz e da Coroa de Espinhos. Milhares de alemães e de norte-americanos, cheios de temor reverente, desfilaram em silêncio ao lado da cama de Teresa Neumann, em sua casinha de aldeia.”
A grande estigmatizada morreu em Konnersreuth em 18 de setembro de 1962. (Nota de SRF).
6 Uma passagem de Eusébio relata interessante encontro entre Sócrates e um sábio hindu. Textualmente: “Aristoxenus, o músico, narra a seguinte histó-ria sobre os hindus. Um destes homens encontrou Sócrates em Atenas e perguntou-lhe qual era o objeto de sua filosofia: - Uma investigação dos fenômenos humanos - replicou Sócrates - o que fez o hindu explodir de riso: - Como pode um homem investigar os fenômenos humanos quando ignora os divinos?
0 ideal grego, a que fazem eco as filosofias ocidentais, é: “Homem, conhe-ce-te a ti rnesmo”. Um hindu diria: “Homem, conhece o teu Ser divino.”0 dito de Descartes, “Penso, logo sou”, não é filosoficamente válido. As faculdades da razão não podem lançar luz sobre o Ser último do homem. A mente humana, à semelhança do mundo dos fenômenos que ela conhece, é um fluxo perpétuo e não pode atingir o fim último das coisas, A satis-fação intelectual não constitui o objetivo mais alto. Quem busca a Deus é realmente amante de vídya, verdade inalterável; tudo o mais é avídya, conhecimento relativo.