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                    Desintoxicação 
                    radical
 
                     
                      |  Evelyn e Steve
 |  Para 
                    se tornar totalmente independente do prosaico e delicioso 
                    hábito de comer, o casal seguiu os passos de Jasmuheen, 
                    47, australiana que parou de comer em 1993 e escreveu o livro 
                    Viver de Luz. O primeiro passo foi se submeter a um processo 
                    de desintoxicação "praticamente suicida", 
                    que durou 21 dias. Na primeira semana, não ingeriram 
                    sequer água."É quase enlouquecedor. É 
                    a mesma coisa que sente um viciado de heroína quando 
                    vai para uma clínica de desintoxicação. 
                    Você treme, tem depressão, praticamente morre. 
                    O que te mantém vivo é a tua determinação", 
                    conta ela, que emagreceu, na primeira fase, sete dos nove 
                    quilos que perdeu ao todo.  Na 
                    segunda semana, já era permitido ingerir água. 
                    Ela lembra que depois de sete dias de abstinência, ao 
                    colocarem água na boca, eles tiveram uma experiência 
                    mágica. "Parecia que eu tinha nascido de novo. 
                    A água passa a ser a coisa mais importante na vida". 
                    Nessa semana, eles também tiveram a opção 
                    de botar algumas frutas diluídas "para dar um 
                    gostinho na água".  
                    Depois de terminadas as três semanas de desintoxicação, 
                    fora os biscoitinhos que eles comem em situações 
                    sociais, o casal nunca mais ingeriu comida. Ela estima que 
                    depois desse processo, 90% das pessoas não volta mais 
                    a se alimentar regularmente, ou seja, a ingerir três 
                    refeições por dia. "As pessoas voltam a 
                    comer esporadicamente, socialmente, mas não mais comida, 
                    porque o organismo não aceita", diz ela. "Fica 
                    uma maçã, um docinho, um sushi por dia, mas 
                    rotina alimentar nunca mais".  
                    Hoje, portanto, quando o casal esta trabalhando, não 
                    é mais o alarme do estômago que comanda os intervalos. 
                    "Se a gente se cansa de trabalhar, vamos andar de patins, 
                    de bicicleta, assistir um filme, fazer amor, não tem 
                    mais meio-dia. A gente pára quando sente vontade". 
                    Às vezes, entretanto, quando há muito trabalho, 
                    eles podem começar às 5 da manhã e acabar 
                    só na madrugada seguinte, pois não sentem mais 
                    o cansaço físico e mental, que ela atribui ao 
                    processo de digestão. "A gente não dorme 
                    mais. Nós repousamos, pois o sono é muito leve. 
                    Temos no máximo quatro horas de sono". Ela também 
                    revela que a vida sexual fica "mais energética". 
                      
                    "Sexo não é mais uma necessidade física, 
                    é uma troca energética. Meu marido não 
                    tem ejaculado, então a gente pode ficar fazendo amor 
                    quatro, cinco horas sem parar". Ela também acredita 
                    que como eliminou as toxinas que tinha em seu corpo, seus 
                    sentidos ficaram mais intensificados. "Quando sou tocada, 
                    minha sensibilidade faz o toque ser sentido no corpo inteiro". 
                     Hoje 
                    em dia Evelyn garante não sentir mais nenhum pingo 
                    de vontade de comer. Certa vez foi no aniversário de 
                    uma amiga que havia preparado um bobó de camarão, 
                    cujo cheiro estava muito apetitoso. Para ela, no entanto, 
                    bastou dar uma "cheiradinha" na comida, que ela 
                    se sentiu satisfeita. "Não é um sacrifício 
                    para a gente. Todo mundo tem desejo de comer, mas nós 
                    eliminamos o desejo. Ficamos só na água. É 
                    mais fácil do que as pessoas podem imaginar".  
                    Para tornar-se um ser totalmente independente da comida, 
                    não precisa, segundo ela, ter espiritualidade nenhuma. 
                    "Só precisa ter total consciência de que 
                    é sua própria vontade que vai determinar o processo. 
                    A crença é o maior poder que o ser humano tem". 
                    Seguindo esse raciocínio, ela acha que só morre 
                    de fome quem acredita que não ingerir comida mata. 
                     
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                    À 
                    espera de comprovação
 
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