|
À
espera de comprovação
Em
agosto de 2001 o casal Torrence fará parte de um
grupo de nove pessoas que passará todo o mês
internado em um instituto médico da Califórnia,
nos EUA. Eles serão supervisionados por uma equipe
de especialistas 24 horas por dia, e serão submetidos
a exames diários de sangue. Os resultados dessa experiência
serão entregues ao governo norte-americano. Evelyn
espera que essa experiência seja a prova científica
de que eles realmente não se alimentam e que o hábito
de faquir que eles incorporaram realmente funciona.
Na
Índia, Hira Ratan Manek, um engenheiro mecânico
aposentado de 64 anos, está tendo sua saúde
monitorada por uma equipe médica do Health Care International
Multitherapy Institute desde dois dias antes de entrar em
jejum. A experiência se encerra no dia 15 de fevereiro
de 2001, e Manek terá completado 411 dias sem comer.
Um dos médicos que está monitorando a
saúde de Manek, Sudhir Shah, acredita que se trata
de um caso crônico de síndrome de adaptação,
onde o corpo reduz naturalmente a necessidade alimentar depois
de 16-17 dias de jejum, por conta da redução
do sistema receptor. Ele, entretanto, não descarta
a possibilidade de ter algo a ver com a mecânica cerebral
responsável pelas atividades parafísicas. Os
exames têm comprovado que todas as partes do cérebro
de Manek, incluindo o hipotálamo, a glândula
pituitária e a medula oblongada mostraram sinais de
mudança durante seu jejum prolongado.
Para o presidente da sociedade brasileira de endocrinologia
e metabologia, Dr. José Marcondes, é impossível
que pessoas que mantém uma vida ativa possam viver
tanto tempo sem ingerir nutrientes. "Não vejo
outra opção. Eles devem estar comendo",
diz ele. "Mesmo fazendo fotossíntese, os vegetais
precisam dos nutrientes da terra para viver".
Para
ele, se a crença tivesse capacidade de evitar que
pessoas que não se alimentam não morressem,
não haveria tantos casos de morte por anorexia nervosa,
em que as vítimas, acossadas pelo medo de engordar,
perdem a noção da imagem corporal, param de
comer e mesmo sendo informadas da morte iminente, não
acreditam.
Leia
Mais:
Vivendo
de brisa
Desintoxicação
radical
À espera de comprovação
|